Feito por computação gráfica, "Star Wars - The Clone Wars" estréia nesta sexta-feira (15).
Produzido por George Lucas, longa faz versão infantil do universo dos Skywalker.
“Star wars”: estas duas palavrinhas mágicas já são o bastante para encher salas de cinema e causar comoção entre fãs da série nos quatro cantos do mundo. E provavelmente não será diferente com a animação por computação gráfica “Star Wars – The Clone Wars”, que entra em cartaz nesta sexta-feira (15). Mas a marca de George Lucas não garante a qualidade da produção, ao menos é o que prova o novo longa-metragem.
Lucas conhece bem o tamanho do monstro que criou e sabe como ninguém multiplicar os frutos ($) do filme original, de 1977, que revolucionou a ficção científica e, inquestionavelmente, fez história. Entretanto, como se diz por aí, para tudo existe um limite.
No caso da série “Star Wars”, esse limite foi alcançado quando Lucas lançou uma segunda trilogia, com os episódios I, II e III. Apesar de odiada por muitos fãs da trilogia original, a nova leva de filmes serviu para revelar os primeiros passos do vilão Darth Vader e atualizar o visual da saga, com efeitos especiais renovados pela tecnologia.
Agora, o lançamento de “The Clone Wars”, produzido por Lucas e dirigido por Dave Filoni, não acrescenta nada à franquia e não parece ter outra justificativa senão a obtenção de um pouco mais de lucros às custas dos Skywalker.
Situada entre o “Episódio II – Ataque dos Clones” e “Episódio III – A vingança dos Sith”, a animação inventa uma menina Jedi, Ahsoka Tano, que vira aprendiz de Anakin. A dupla tem uma missão: resgatar o filho seqüestrado de Jabba como condição para um acordo de paz com o poderoso Hutt.
É sobre esse fiapo de história que se equilibra o filme, intercalando batalhas (algumas envolventes, outras nem tanto) e piadas sem graça para manter o espectador acordado até o fim.
De olho no público futuro, a animação promove uma forte infantilização do universo “Star Wars”, evidenciada na introdução da garotinha Jedi, que chega como quem não quer nada e acaba centralizando a trama.
Mas, mesmo com todo esse peso contrário, os fãs vão encher as salas de cinema e vibrar à primeira aparição de um sabre de luz, mesmo sabendo que o verdadeiro espírito “Star Wars” ficou no passado, perdido há muito tempo, numa galáxia muito distante.
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